Com a chegada do período seco, os pecuaristas começam a fazer seus planejamentos para a terminação dos animais. Nesse processo, o confinamento entra como uma importante ferramenta, pensando na estratégia nutricional, dentro da produção de bovinos de corte.
O principal objetivo do confinamento é encurtar o ciclo de produção. Isto é, fazer com que os animais sejam abatidos mais jovens, mais pesados e com melhor acabamento de carcaça. Em linhas gerais, o confinamento é a retirada dos animais dos pastos e o direcionamento para uma área confinada/restrita.
É fornecido ao animal uma ração balanceada, feita com uma série de ingredientes de modo a fornecer os nutrientes que ele precisa, na quantidade adequada, para que ele tenha o melhor desempenho zootécnico e financeiro.
Essa ração é constituída de concentrado e volumoso que variam de acordo com cada disponibilidade regional. Dentre os ingredientes que compõem o concentrado estão milho, sorgo, farelo de soja, farelo de algodão, torta de algodão, farelo de dendê, polpa cítrica, núcleo mineral, ureia etc. O importante é que se faça uma combinação balanceada de todos esses alimentos, pensando no animal que está confinando. Isso porque cada categoria animal tem uma necessidade e exigência, seja ela de energia, proteína ou minerais.
Além dos níveis de garantia bem balanceados, é importante que os alimentos sejam bem misturados e sempre com disponibilidade uniforme no cocho.
Adaptação da dieta do gado confinado
O produtor deve ficar atento com a adaptação para a nova dieta. Esse processo é importante, pois o gado passa de uma alimentação à base de forragem, que é um alimento rico em fibras e pouco desafiador para o rúmen, para uma dieta com bastante concentrado, que possui uma taxa de fermentação alta e produz uma fermentação ácida no rúmen. Dessa forma, se a mudança de alimentação não é feita de forma gradativa, pode ocorrer um desequilíbrio, provocando doenças metabólicas nos animais.
Além disso, outros problemas podem surgir pela falta de adaptação alimentar quando o animal não ingere o concentrado da forma correta:
- Acidose – Alta fermentação dos grãos dentro do rúmen, formando o ácido lático, podendo até levar a morte do animal;
- Timpanismo – Incapacidade do animal de expulsar os gases produzidos;
- Laminite – Processo inflamatório decorrente da alta ingestão de grãos e que podem causar problemas nos cascos dos animais.
Mas será que é realmente importante essa adaptação?
Sim. Por mais que no começo da adaptação alimentar o animal ganhe menos peso, este será compensado, em seguida, quando o animal estiver com a dieta total. Além disso, evita doenças como as que citamos acima.
O sistema de confinamento para bovinocultura de corte
Em média, um confinamento dura cerca de 100 dias, com ganhos de peso diário entre 1,6 e 2 kg de peso vivo, que podem variar de acordo com a ração fornecida, características do local e manejo alimentar.
Assim como a atenção à transição alimentar, o pecuarista deve se atentar a outros fatores que possam comprometer o bem-estar animal, entre eles: mistura de animais de diferentes lotes, redução do espaço disponível por animal, alojamento em grandes grupos, maior exposição a condições climáticas extremas etc. Animais que não têm asseguradas essas garantias de bem-estar, acabam tendo seu desempenho comprometido.
Cada estratégia adotada deve ser avaliada individualmente, de acordo com cada objetivo e características locais. Quando se trata de planejamento alimentar para confinamento, a Libra Nutrição Animal possui uma equipe técnica especializada para auxiliar você.
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