O período da seca, que inicia por volta dos meses de abril e maio é marcado por temperaturas mais amenas e chuvas escassas. Este cenário estende-se até setembro/outubro no Sul do Pará. É sabido que, no que tange a produção de capim, o volume e a qualidade das folhas dependem diretamente das condições do solo. Com a seca, além da oferta de capim menor, o capim tende a perder o valor nutritivo e, com isso, o gado acaba perdendo peso.
Uma das estratégias utilizadas neste período é a suplementação nutricional, a fim de garantir os índices proteicos / energéticos equilibrados e o ganho de peso em crescimento constante para evitar prejuízos e o efeito sanfona no gado.
Entre as suplementações utilizadas neste período estão principalmente o sal proteinado, o sal mineral ureado e os proteicos energéticos. O sal proteinado é um suplemento mineral enriquecido com fontes de proteína como farelo de soja, farelo de milho, entre outros, além da uréia. Já o mineral com uréia é apenas o sal mineral adicionado de ureia pecuária.
Por que a ureia é importante na seca?
A uréia é uma fonte de nitrogênio não proteico. Quando a uréia chega ao rúmen, as bactérias a transformam em amônia. Logo após, o nitrogênio da amônia é utilizado para fazer a multiplicação celular das bactérias do rúmen, que vão digerir o capim seco. São as bactérias do rúmen que vão fermentar os carboidratos desse capim para o boi. Se não tem bactéria no rúmen, não tem digestão do capim. Elas também são fonte de proteína microbiana, que são absorvidas gerando aminoácidos para este animal.
Durante a seca, o pasto normalmente está pobre sem proteína. Desse modo, é preciso fornecer uma fonte externa. Uma alternativa de baixo custo é a ureia, que colabora para fornecer nitrogênio para as bactérias se multiplicarem. O resultado é o aumento das bactérias no rúmen, mais proteína microbiana e, consecutivamente, mais energia para o boi aumentar o consumo de capim e ganhar mais peso.
É importante salientar que ao adicionar ureia, a suplementação deve ser fornecida com cautela, principalmente no início do tratamento, a fim de evitar intoxicação. Essa recomendação deve ser feita pelo técnico de acordo com a necessidade.
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